quinta-feira, 25 de outubro de 2007

.Get on your dancing shoes - parte 2.

'...hot chip will break your legs, snap off your head...'






Aquecendo tudo pro TIM Festival - Parte 2. Agora com videozinhos de minhas musiquilhas preferidas do Killers e Hot Chip, respectivamente, as quais morrerei quando eles tocarem. Dançarei, cantarei e pularei muito. Sem falar em Björk e Juliette and The Licks. Por motivos financeiros, não assistirei aos outros shows, incluindo a Feist e a Cat Power Chan Marshall, mas tá valendo. Na volta conto t-u-d-i-n-h-o aqui. =)





segunda-feira, 22 de outubro de 2007

.We hope that you choke.

'...don't get any big ideas, they're not gonna happen...'







Se um dos maiores jornais de Pernambuco só publicou sua resenha sobre o In Rainbows ontem, também fiquei mais tranqüila de ser uma das últimas a dar minha opinião sobre o sétimo álbum de estúdio do Radiohead. E é difícil falar de cara sobre uma banda que tem tanta influência na minha vida musical e pessoal. Por isso, resolvi esperar e escutar e escutar e escutar pra poder tirar minhas conclusões. E devo adiantar que sim, foram boas, quer você concorde com elas ou não.

Há dez anos, o mundo da música se surpreendia com o Ok Computer – na minha humilde opinião, ainda o melhor disco da banda – para logo em seguida ficar mais estarrecido ainda com o Kid A, a grande obra prima do Radiohead segundo os críticos e grande parte dos fãs. E foi aí que se pensou que Thom Yorke e cia. tinham enlouquecido e era o fim do grupo de Oxfordshire. Amnesiac e Hail to the Thief vieram provar que não, que o que a banda gostava mesmo era de chocar. Afinal, já tinham deixado isso claro na música “Exit Music (For a Film)”, do álbum de 1997. A cada lançamento, uma inovação, seja na música, nas letras ou no marketing, como foi o caso do In Rainbows. Disponibilizar o disco para download no próprio site no esquema “pague quanto quiser” foi uma grande sacada, há de se concordar. Os fãs já iriam baixar o disco em qualquer outro limbo internético mesmo, por que não brincar mais uma vez com todo mundo fazendo-os se questionar quanto pagariam por um download de músicas de uma banda que você realmente gosta?

Algumas pessoas sim, pagaram o preço de um cd normal, em
libras diga-se de passagem. Eu confesso, baixei de graça mesmo. Isso porque sei que comprarei o cd quando sair nas lojas. É isso o que eu faço com os discos do Radiohead. Eu realmente gosto da banda e compro cds originais, mesmo tendo-os em mp3 também. Mas confesso que não sei se se a única forma de obter o disco fosse o download pago, eu pagaria um valor de um disco normal. Talvez sim se a minha situação financeira fosse boa.

Mas enfim, o fato é q
ue começou toda uma polêmica acerca do mundo da música e o que acontecerá com o cd e a indústria fonográfica. Na minha opinião, sinceramente, o cd continuará aí como o vinil continua, mesmo sendo raridade. O próprio Radiohead disponibilizou no site a versão física do In Rainbows em vinil num pacote com mais um cd com oito músicas inéditas e um monte de coisinhas e que custa "somente" 148,00 dinheiros brasileiros (esse aí eu espero ganhar de alguma alma boa de natal...hahaha), pra depois – em dezembro – lançar o cd nas lojas. Muitos artistas copiarão o Radiohead, como o Beck, que já disse que adotará a política do quinteto britânico.

Vamos combinar que sim, de um jeito ou de outro, enfraquecida ou não, a indústria fonográfica sempre arruma uma for
ma de se manter viva. E talvez deixe alguns magnatas falidos, talvez não, porque essa é a grande sacada, que o Radiohead tem a cada álbum e que invariavelmente outros artistas copiam, e fazem com que as gravadoras, majors ou independentes, se adaptem aos novos formatos ou pereçam. E isso se chama evolução. E ainda digo mais: sem necessariamente ter que deixar pra trás os antigos meios.

Inovações e polêmicas à parte, o grande trunfo do In Rai
nbows, depois de todo o oba-oba, é a música em si. Desde o Ok Computer eu não via tanta harmonia entre os elementos que compõem as músicas do quinteto. O Kid A e o Amnesiac tinham muito experimentalismo porque era a fase mesmo de testar com o público e os críticos as muitas misturas que eles vinham fazendo, fosse isso positivo ou não. A ousadia era (e ainda é) fundamental. No Hail to the Thief, a coisa já foi tomando mais forma enquanto finalmente no In Rainbows, o Radiohead conseguiu o equilíbrio entre o experimentalismo e o rock 'n' roll/jazz/pop/whatever. Li em alguma crítica que o Radiohead hoje pode se enquadrar no jazz, rock, eletrônico ou o que quer que seja porque a variedade de sons e estilos entre as músicas é tanta que não há definição exata pro som da banda. Creio que há apenas de se concordar que é música de qualidade. E de uma criatividade pouquíssimas vezes vista na história da música.

Enquanto escrevo minha opinião sobre a grande discussão dos últimos dias, escuto pela enésima vez o disco, que logo na primeira audição já tinha me ganhado com “15 Step”. Creio que seja a mais pop, misturando batidas eletrônicas com alguns sons de teclado, guitarra e sintetizadores. Fui numa festa semana passada, tipo, há poucos dias do lançamento do álbum, e já estava lá, "15 Step" bombando. Jonny Greenwood e Ed :* O'Brien tiveram que trabalhar bastante neste álbum, já que as guitarras voltaram com tudo. Em “Bodysnatchers” elas são extremamente perceptíveis e deixam a música dançante mesmo sem ser eletrônica ou indiezinha. Numas das melhores faixas do disco, “Weird Fishes/Arpeggi” o experimentalismo e muito menos as guitarras são deixados pra trás em conjunto com uma letra prima de "Myxomatosis" do Hail to the Thief.

Falando em letra, tem também a linda “Nude” – na minha opinião a melhor do disco. Mesmo sendo um pouco
creep, soa sexy, calma e com a voz de Thom Yorke entrando como mantra nos ouvidos, pra você se deixar levar, de olhos fechados. Lembrou-me “Tongue” do REM em alguns momentos. Percebam: lembrar não quer dizer parecer, por favor. Mas se é pra falar que o Thom continua creep, podemos falar de “All I Need“ e “House Of Cards”. “I am still with you because there are no others / You're all I need” ou “I don't want to be your friend / I just want to be your lover / No matter how it ends / No matter how it starts”.

Em “Faust Arp”, o violão reina. Sim! O violão! Com violinos também, pra dar o final touch e deixar a música linda de doer. “Reckoner” e “Jigsaw Falling Into Place” foram as que me chamaram menos atenção, mas ainda assim, as letras e melodias não se deixam intimidar pelas outras músicas. “Videotape” vem fechar o disco com chave de ouro: “This is my way of saying goodb
ye / Because I can't do it face to face / I'm talking to you after it's too late / From my videotape”. E devo dizer: sou muito mais fã da fase pop do Radiohead e até senti uma pontinha de esperança no Hail to the Thief, mas o equilíbrio da força só veio mesmo com o In Rainbows. E desde o Ok Computer que um disco do Radiohead não mexia tanto assim comigo (e com metade do mundo, vai...). Da primeira à última música, todas são boas. Todas mesmo. No álbum de 1997 eu descobri um hino pessoal entre as inovadoras faixas. Dez anos depois, graças ao In Rainbows e às atitudes “we hope that you choke” do seu Thom e cia., confesso que já tenho várias candidatas a companheiras de “Lucky”.


In Rainbows - Radiohead (Independente, 2007)

Top 5:


5- Videotape
4- Weird Fishes/Arpeggi
3- 15 Step
2- House Of Cards
1- Nude

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

.Get on your dancing shoes.

'...well, i bet that you look good on the dancefloor...'




Aquecendo tudo pro TIM Festival semana que vem, versão Sampa. Arctic Monkeys será o meu show mais aguardado. Não tem Björk, Hot Chip ou Killers, apesar de também querer ver muito. Mas é Mr. Turner (sim, este galetinho ainda cheirando a leite e cheio de espinhas na cara) que vai me fazer ficar rouca ao final do show. M-a-l p-o-s-s-o e-s-p-e-r-a-r. Mesmo que eles nem venham vestidinhos de palhacinho como no vídeo aí embaixo ou não toquem "505" como já vi num setlist. Mas tá valendo. E demais. Vai ahazar. =9

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

.Considerações deveras, deveras importantes, meu nobre.

'... if you’re not affected, you’re not paying attention!...'




# Finalmente baixei Icky Thump, o novo do White Stripes. Eu ouvi muita gente falar, mas como Get Behind Me Satan me decepcionou, eu tive uma certa resistência. Mas aí dia desses eu estava escutando o White Blood Cells – meu preferido, que nem o freegells de melão – e resolvi dar uma chance ao Icky Thump, já que o povo tava falando tão bem dele. Ainda estou escutando, aos poucos, e logo devo ter uma opinião formada. Devo considerar aqui que “Conquest” já me ganhou de cara. Não paro de escutar.


# Sabrina Sato declarou à Capricho desta quinzena que não se importa quando a chamam de burra. Disse que fica muito mais noiada quando a acham gorda. The girl definitely have a point.



# “Tranquilize” é o nome do novo single do The Killers, que eu lindamente assistirei dia 28/10 no TIM Festival (amém). A música é um dueto com o grande Lou Reed (ele mesmo, do Velvet Underground) e faz parte do novo álbum de Lados B e Raridades dos meninos de Las Vegas. Tipo, não bastava os caras serem de Las Vegas e lançarem dois álbuns fodas e ainda tem que lançar um de lados b e raridades que contém um dueto com Lou “fuckin'” Reed? Tipo, how cool is that, huh?


# Dia 30/10 sai o novo da Putney, digo, Britney. Chama-se Blackout e estava previsto pra sair em dezembro, mas “vazou” e os produtores optaram por colocar logo o disco nas lojas. Mas assim, eles deviam se preocupar em apertar os parafusos da cabeça da brit-brit e mandá-la pra um spa, né não? Eu acho. Enfim, “Gimme More”, o novo single, é bom, mas não chega neeeem aos pés de “Toxic” e “I'm a Slave 4 U”.


# The Verve is back. Richard Ashcroft e cia. voltaram à ativa e já planejam turnê. Isso é bom. Espero que venham pro Brasil e eu tenha como assistir ao show. Sim, porque pra Recife, é zero esperança.


# In Rainbows é lindo, povo. Lindo. E não tem como eu amar mais o Radiohead. De verdade. Estou escutando mais e mais e mais e mais pra poder dar uma opinião aqui. Mas é lindo. Er.. sim, eu sou fã. =9


# Por falar em Radiohead, Jonny Greenwood está com um projeto paralelo à banda, onde ele fará a trilha sonora do novo filme do Paul Thomas Anderson (hail, hail), diretor dos ótimos "Magnólia" e "Boogie Nights". O filme chama-se “There Will Be Blood” - ainda sem título em português – e será lançado no lado gringo da força em 18 de dezembro.


# Aí a MTV gringa vai lançar o DVD do acústico do Nirvana. Mais uma opção de presente de natal pra mim, olha que legal. “Something In The Way” e “Oh Me” são duas músicas inéditas no DVD, já que antes só apareciam no CD. Falando em Kurt Cobain, está passando no Festival do Rio o documentário sobre o vocalista, “About a Son”, de AJ Schnack. Nem preciso dizer que mal posso esperar pra chegar por aqui, né? Enquanto isso, tenho que me contentar em procurar “Last Days” de Gus Van Sant, baseado nos últimos dias de Cobain, que sim, também tá difícil de encontrar. Uó.


# E pra quem mora em Recife, hoje às 19h, na Faculdade Maurício de Nassau, tem palestra com o Rodrigo Pimentel, roteirista do super pop “Tropa de Elite”.


# Rolou show do Incubus esse findie no Rio e em Sampa. Como a vida é feita de escolhas e eu escolhi o TIM Festival, não pude ver o Brandon =* Boyd cantar "Warning" e "Rogues" pra mim. Mas um amigo lindo me ligou enquanto a banda tocava a primeira e eu fiquei feito uma lesa pulando no meio da sala. Lindo. Videozinho pra fingir que eu estava lá. =)





quarta-feira, 10 de outubro de 2007

.Hail to the creeps.

'...why don't you remember my name? i guess he does...'






E qual seria a melhor forma de começar isso aqui se não fosse pra anunciar o novo disco do Radiohead? Só se fosse mesmo pra dizer que John e George ressuscitaram e os Beatles voltaram à ativa, né? Mas quem realmente voltou e ao que parece com todo o gás foi mesmo Thom Yorke e cia. para a alegria de milhões e milhões de creeps (ou ex-creeps, como queiram).

Pra comemorar, videozinho de minha música preferida da banda.



Em breve, resenha do In Rainbows aqui no Dirty Pop.


.First things first.

'... do you ever wonder why this music gets you high?...'




Ainda organizando a casa.